segunda-feira, 29 de junho de 2009

Hoje eu decidi sorrir.

Hoje é um dia estranho. É o dia que eu não sei se sorrio ou se choro. Tenho duas coisas acontecendo na minha vida, extremamente interligadas, que me fariam rir ou chorar. Já cheguei ao cúmulo de gargalhar enquanto lágrimas escorriam desesperadas pelos meus olhos.

Mas hoje eu decidi sorrir. Então, agora, se puder, escute a música Too Much de Elvis Presley . É nesse ritmo que os meus dedos digitam esse texto. Mas não sorrio por nenhuma causa específica.


Mais cedo eu estava na frente da minha casa. Estava quente, muito quente para inverno. E o vento era forte. Um vento abafado. Sinal de temporal. Os relâmpagos começaram e eu adoro relâmpago. Então comecei a sorrir porque simplesmente seria o meu tipo de dia favorito.

Logo depois começou a chover. Primeiro foi o cheiro de terra molhada. Pode até ser clichê, mas quando se está feliz, todos os clichês são toleráveis. E o cheiro de barro me fez entrar em êxtase. Depois o barulho das gotas ao tocarem o chão. É na desarmonia desse som que se constrói a sua beleza. E então aquela sensação da chuva fria chegando, quebrando aquele clima sufocado. Então eu sorri simplesmente porque chovia.

Acho que minha felicidade se expandiu. Minha alegria inexplicável deixou de ser somente minha. Eu comemorei pela terra, pelas árvores, pela grama e pela pedra morta. Eu comemorei por tudo que estava a minha volta, até pelo que não merecia ser comemorado. Eu sorri porque simplesmente tudo parecia sorrir.

E agora eu estou sorrindo, mesmo depois de ter me livrado da influência da chuva, simplesmente por continuar sorrindo. Por estar no meu quarto, olhando as mesmas quatro paredes de todos os dias, e ver que elas deixam de ser hostis e voltam a ser meu ápice do conforto.

E é bom sentir essa alegria dentro e fora de mim. É bom saber que pequenas coisas são o suficiente para que eu acredite num sorriso. E eu acreditei. Acreditei que hoje eu iria rir de verdade, não por motivos pessoais e tão pouco profundos, e sim por coisinhas pequenas e de extrema importância.

Não quero que pareça um texto de auto-ajuda, mas eu queria que alguém sentisse a mesma coisa que estou sentindo. Queria mesmo que alguém percebesse que nem sempre precisamos de um grande motivo para sorrir, mas que podemos encontrar vários motivos na singularidade das coisas que nos rodeiam, como a chuva ou o sol.

Então, hoje, decida sorrir.

Um comentário:

Ivan Ryuji disse...

Bom...
costumo dizer que felicidade não se explica né?
e, realmente, pra que perder tempo tentando explicar.
viver essa felicidade ultrapassa toda e qualquer explicação que possa existir.
então simplesmente viva.
e sorria.
=D