domingo, 9 de agosto de 2009

Sobre o escrito e o escritor.

Há por aí todos os tipos de amores que se imagine. Dos mais reles aos mais sublimes. Do calor vem o fogo, do fogo o prazer. E é sobre isso que vim lhes dizer. Só que é de outro tipo de gozo.

Tem toque, mas não tem tato. É o baque de su’alma na minha. Seu desejo reinando, meu corpo queimando. Meu doce e aspirado descalabro. O “Seu” de quem falo? Não lhe passou nenhum lampejo? É ele, meu autor, e eu, seu servente. É ele, esse amor quente e sem luxúria, amor lascivo e de candura.


Até arrisco dizer que sou mais que um mero personagem, sou um refúgio, um consolo. Nesses dias de vagabundagem ele me fez até um canoro, lacônico; tudo culpa da vadia, a desídia.

Ele me da vida, forma, história, deforma quando entorna a cachaça ardida, fumaça densa do cigarro tão puto. É assim o processo, é assim que vim, lenta e naturalmente, habitando em sua mente que tanto mente, e até fingi que sente pra me deixar um pouco mais convincente.

E no apogeu de sua criação me confundiu com o real, ignorou o mundo alheio, esqueceu o sólido, o físico, me de um coração e dividiu comigo seu sonho, seu pecado íntimo e seu desejo mais sórdido.

É amor na forma mais sincera. Não muda, não acaba. É permuta; mútuo. Mudo conforme ele define, exige, escreve e jamais apaga.

É único, é lúbrico, é insano e profano, é nosso. É divino, é fino, não é casso. É imenso, é intenso como escarlate. É fogo e queimará até que o ponto desforrará o outro esquecido, ou até que, enfim, ele me mate.

3 comentários:

Ivan Ryuji disse...

post incendiário hein.
hehe
legal =]

Amanda disse...

Não vai poder mais falar que eu tenho mais vocabulario hein ? rs
Uau, só Uau :o *-*

Camila Cardozo disse...

obg geent *-*
esse foi o texto qe mais deu trabalho pra fazer, o qe eu mais gostei tbm *-*

bjsbjs