domingo, 3 de janeiro de 2010

Dor que recompensa.

Esperei por ele. Que ele me ligasse. Afinal, quando a distância foge do que se pode vencer, qualquer coisa é válida pra matar a saudade. E eu só queria ouvir a voz dele.
E ele ligou. Meu coração pulou, acelerou mais do que um carro de corrida pode alcançar. E parou abruptadamente quando ouvi sua voz fria. Mas sou insistente. Ou até um pouco masoquista. Meu coração insistiu em ficar agitado, pulsante, na espectativa. Só para afundar, gritar e ver sua dor tombar e pousar no chão a sua frente.

Não, ele não se sentia como eu. Me ligar não passava de uma obrigação, uma rotina. Rotina que eu amo, me abraço e envolvo. Ou é assim que as coisas pareceram naquela hora.
Posso dizer que sou alguém facilmente irritável. Mas com ele, não, eu não me irrito. Eu me destruo, eu me machuco, eu morro lenta e dolorosamente. Qualquer “oi” entrecortado dele é capaz de me dilacerar.
Apesar das suas palavras frias, distante e até um pouco acusadoras, é impossível ficar chateada por tempo osuficiente para que algo maior aconteça. Eu sempre volto atrás. Só porque eu o amo. Amo mais que qualquer coisa. Ele é vital pra mim.
Algumas dores compensam. Mas só quando a recompensa ndura mais que a dor.

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