segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Então eu paro mil vezes aqui. Olhando pro teclado, escrevendo e apagando. Eu tento entrar em mim mesma, eu tento sair e ver o mundo. Mas eu só consigo pensar na descrição dos teus olhos, na textura da tua pele, no cheiro do teu pescoço.  Mas, meu bem, isso está gravado em mim, cada canto e singularidade tua. E eu fico rodeando, procurando por um sorriso que eu ainda não conheça, por um olhar e uma expressão que eu ainda não tenha aprendido. Mas eu sei tudo, meu bem, teu início, meio e fim. Tudo em mim, como se fosse eu também. Talvez eu até tenha um sorriso teu na minha cara, e um jeito teu de olhar, transfigurado e torto nos meus olhos. Mas é como se fosse eu também. Ao mesmo tempo em que tu és meu avesso. Tudo que não coube em mim, encontro em ti. Tu és a certeza e eu sou a loucura. E aí que está o equilíbrio das nossas almas, que dançando se encontram e se completam, como se só pudéssemos ser bons juntos.

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